A edição do Brasil Ride 2011 acontecerá novamente na Chapada Diamantina, e Rio de Contas será mais uma das bases da competição que acontecerá no final do mês de outubro.
Já começou a circular o material publicitário de divulgação do evento. Neste, uma fotografia área da capela do Senhor Bom Jesus é plano de fundo da campanha.
Com o tema: “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”, aconteceu no dia 05 de outubro de 2009, no salão nobre do clube Social, a 1.ª conferencia Municipal de Cultura do município de Rio de Contas, que contou com as ilustres presenças de Carmo Joaquim da Silva – Representante das Quilombolas de Rio de Contas; Gineton Santos – Secretário Municipal de Educação e Cultura; Pitágoras Luna – Representante Territorial de cultura da Chapada diamantina; Maria do Carmo Baltar – Assessora da Superintendência do IPHAN na Bahia e do Prefeito Municipal Dr. Márcio Oliveira Farias. Assim foi composta a mesa dos trabalhos temáticos que comandaram as discussões.
Abordando a Produção Simbólica e a Diversidade Cultural, esteve a professora Evelina Trindade Lima, que é Presidente da Associação de Amigos da Biblioteca (BiBLOS), também o Sr. Márcio Caires, que é Presidente da Associação Grão de Luz Griô, sendo também Coordenador do Projeto Ação Griô Nacional.
Falando sobre Cultura, cidade e Cidadania, esteve a Arquiteta Maria do Carmo Baltar do IPHAN-BA. Sobre Cultura e Desenvolvimento Sustentável, discorreu com muita propriedade, Jorge Antônio Cunha Veiga de Sá, que é Bacharel em Artes Cênicas, Diretor Teatral, Ator e Mestre de Reike, além de funcionário do Banco do Brasil.
Economia Criativa Aliada a Cultura, foi dissertada pelo Sr. Márcio Caíres da Associação Grão de Luz. Gestão e Institucional idade da cultura, teve comando do Sr. Pitágoras de Luna Freire Alves que representou o Território da chapada e também a Secretaria da Cultura do Estado da Bahia SECULT.
A I Conferência Municipal de Cultura de Rio de Contas, foi um evento de grande sucesso, tendo contado com um publico participante que superou em três vezes a expectativa dos realizadores, inclusive do Secretario de Educação e Cultura, que emocionado, declarou que essa resposta positiva do publico aumenta ainda mais o seu compromisso em relação a este trabalho realizado que terá continuidade.
Foi também notada, claramente, a satisfação do prefeito municipal, Dr. Márcio Farias, com o apoio e a presença, em grande número, da comunidade.
Com o objetivo de focar um trabalho direcionado para a Cultura do Município, a Conferência, contou com a participação de Representantes de diversas entidades ligadas à área, como também de participantes engajados no fortalecimento Territorial de Cultura no parque ecológico que se inicia em Rio de Contas.
Entusiasmados com a receptividade do publico, a organização do evento, parabenizou o Secretario Estadual de Cultura, com os seus Representantes e a todos que colaboraram com essa iniciativa, reafirmando o compromisso do prefeito em apoiar ações culturais no município.
O acesso aos documentos sob custódia do Arquivo Público de Rio de Contas é franqueado a todo e qualquer cidadão. O horário de consulta é das 8:00 às 18:00, de segunda a sexta, e aos sábados das 14:00 ás 18:00 (somente para visita), bastando para isso , registra-se como pesquisador, mediante documento de identidade e preenchimento da Ficha de Identificação.
Normas de Consulta
O trabalho do Arquivo Público de Rio de Contas - Ba é, além de preservar importante patrimônio público, torná-lo acessível a qualquer cidadão. Para conciliar essas atividades de preservação e acesso, algumas regras foram estabelecidas. Leia atentamente as normas que deverão ser seguidas por todos os usuários. Em caso de dúvida os atendentes estão preparados para esclarecê-lo (a).
·É permitido entrar nas salas de consulta portando somente lápis preto, borracha e folhas soltas para anotação;
·Não é permitido o uso de canetas, lápis de cor, etc.;
·Não é permitido portar bolsas, sacolas, malas, mochilas, pastas, embrulhos nas salas de consulta. Todos os pertences devem ser deixados em outra sala sob a guarda dos funcionários;
·Não é permitido o acesso de animais nas salas de consulta;
·Não é permitido fumar;
·Não são permitidos alimentos e bebidas de qualquer espécie;
·Não é permitido apoiar os cotovelos nem os braços sobre os documentos;
·Não rasurar nem escrever nos documentos;
·Só é permitida a consulta de apenas 05 documentos de cada vez, os quais poderão ser substituídos por outros após a devolução. Nenhum documento poderá ser retirado da sala de consulta pelo pesquisador;
·O pesquisador deverá ter o máximo de zelo no manuseio dos documentos arquivistícos e bibliográficos, devendo colaborar com o silêncio e a higiene do local;
Não é permitido alterar a ordem dos documentos;
Não é permitido dobrar os documentos, forçar as encadernações, umedecer os dedos para virar as folhas ou manuseá-los de forma a prejudicar a sua conservação;
É permitido o uso de máquina fotográfica digital, sem, contudo utilizar o flash;
Os documentos e materiais identificados como frágeis, em mau estado de conservação, constituem documentos de consulta condicionada. Em casos extraordinários podem ser consultados mediante autorização dos funcionários;
·O pesquisador deverá respeitar os horários de atendimento
O núcleo populacional de Rio de Contas teve sua origem nos fins do século XVII, quando viajantes de Goiás e do Norte de Minas, em demanda da cidade do Salvador, capital da Província da Bahia, fundaram um pequeno povoado, que tomou o nome de Crioulos – ponto de pouso na exaustiva caminhada.
Esse povoado situava-se no Planalto da Serra das Almas, à margem do Rio das Contas Pequeno, atual Rio Brumado.
Foi então edificada uma pequena capela, em forma octogonal, sob invocação de Senhora Santana.
Logo após, foram descobertos veiões e cascalhos auríferos no leito do Rio das Contas Pequeno, atual Rio Brumado, nos seus afluentes e serras circunvizinhas. Este fato atraiu grande número de garimpeiros, predominando bandeirantes paulistas e mineiros, que subiram o Rio Brumado e, explorando as serranias próximas, fundaram, a três léguas acima, numa altitude de 1.450m, outra povoação –“ Mato Grosso”. Aí os Jesuítas que acompanhavam os bandeirantes, ergueram uma Igreja sob a invocação de Santo Antônio.
Com o desenvolvimento da mineração e o aumento da população, o arraial de Mato Grosso prosperou bastante e, assim, em 1718, foi criada a primeira Freguesia do Alto Sertão Baiano – ou Sertão de Cima – com a denominação de Freguesia de Santo Antônio de Mato Grosso.
No começo do século XVIII, os Jesuítas construíram outra Igreja a 12 km abaixo do povoado de Crioulos, sob a invocação de Nossa Senhora do Livramento.
Alguns anos mais tarde, em 20 de outubro de 1722, quando já vários povoados haviam sido criados pelo interior da Bahia, o Vice-Rei D. Vasco Fernandes Cézar de Menezes, em correspondência a D. João V de Portugal, propôs e argumentou sobre a necessidade de serem criadas duas vilas no interior da Bahia. O Conselho Ultramarino resolveu então, criar as vilas de Santo Antônio de Jacobina e de Nossa Senhora do Livramento das Minas de Rio de Contas, situada esta última onde hoje está a cidade de Livramento de Nossa Senhora.
Contando com a autorização dada pela carta régia de 27 de novembro de 1723, D. Vasco Fernandes encarregou o Cel. Pedro Barbosa Leal de erigir a vila, o que foi feito pelo mesmo em 1724. Sua criação foi aprovada pela Provisão Real datada de 09 de Fevereiro de 1725.
O Coronel Pedro Barbosa Leal não foi feliz na escolha do local onde criou a Vila: à época das cheias e das enchentes alastravam febres consideradas de mau caráter: o “impaludismo”
Pela provisão Régia de 2 de outubro de 1745 foi autorizada a mudança da Vila para o Povoado de Crioulos no Planalto onde hoje se encontra a cidade de Rio de Contas.
A fundação da Nova Vila se deu em 28 de julho de 1746, por ordem do então Vice-Rei D. André de Melo Castro – Conde de Galvêas.
Elevado a vila, o povoado de Crioulos foi denominado Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento e Minas do Rio das Contas.
Transferida a sede da Vila, o Governo da Metrópole determinou a construção dos edifícios da Cadeia Pública e Câmara Municipal, Casa de Fundição, e a instalação do Pelourinho que foi erigido na principal praça da vila e do qual restam a base e o capitel.
A Casa de Fundição funcionou, não se sabendo onde e nem quando. A Cadeia Pública e Câmara Municipal foram construídas no século XVIII, importante edifício localizado na Praça da Matriz.
Em 1840, o Município teve seu nome simplificado para Minas do Rio das Contas, e mais tarde, em 8 de julho de 1931 passou a chamar-se simplesmente Rio de Contas.
Originariamente, o território do Município abrangia uma vasta extensão territorial, era constituído por 82 municípios, que extremava com Jacobina e o Rio São Francisco; com a criação de novos municípios foi perdendo algumas áreas.
Os primeiros municípios desmembrados foram: Barra do Rio de Contas (Itacaré) e Vila Nova do Príncipe (Caetité). Em seguida vieram Mucugê, Água Quente (Érico Cardoso) e Boa Jesus do Rio de Contas (Piatã). Por último, em 1921, desmembrou-se Villa Velha, hoje Livramento do Brumado.
A Vila das Minas de Rio de Contas foi, durante parte do século XVIII, um dos núcleos mais importantes de mineração de ouro da província da Bahia, dividindo esse título apenas com o termo de Jacobina, vila mais antiga e primeiro núcleo de mineração.
O Município era constituído, primitivamente, pelo Distrito Sede. Atualmente, compõem-se de Rio de Contas (Sede), Arapiranga , Marcolino Moura e Mato Grosso.
O Arquivo Municipal de Rio de Contas surgiu da preocupação de vários Órgãos de descobrir e preservar toda a riqueza histórico-cultural de Rio de Contas, como fruto do Plano de Atuação interdisciplinar e interinstitucional para o desenvolvimento de Rio de Contas, assinado em Salvador. Este acordo envolvia vários Órgãos das esferas: Federal, Estadual, a Prefeitura Municipal de Rio de Contas e o Conselho Comunitário Riocontense, e tinha como carro chefe a Fundação Nacional Pró-Memória e o IPHAN.
Por volta de 1982 a 1984, Técnicos da Secretaria de Minas e Energia e do Museu Geológico da Bahia aqui estiveram numa tentativa de localizar documentos de interesse para o setor, entretanto pouco se sabe sobre a sua existência.
A primeira medida adotada pela equipe foi solicitar uma autorização do Juiz de Direito da Comarca de Rio de Contas para manusear e transportar para outro local, documentos antigos da repartição, que se encontravam num depósito do Fórum local. O mesmo ocorreu com outros documentos provenientes do IBGE, da Prefeitura e da Câmara Municipal, que foram solicitados às respectivas instituições. A Fundação Nacional Pró-Memória - FNPM designou o Conselho Comunitário Riocontense para acompanhar as ações de transporte e acondicionamento do material bem como as atividades pertinentes à limpeza, seleção, organização e identificação posteriores (assunto, procedência etc.).
A Prefeitura Municipal destinou uma sala para a remoção dos documentos, que ficaram sob guarda e responsabilidade do Conselho Comunitário Riocontense, a quem competiu também, o acompanhamento e supervisão das atividades e o repasse dos recursos provenientes da FNPM aos executores das ações.
As atividades ocorreram durante alguns anos, sob a orientação da FNPM/IPHAN e do Arquivo Público do Estado da Bahia. Mais tarde, com a extinção da FNPM, o IPHAN e o APEB apresentaram as propostas para a Municipalização do Arquivo e o Decreto nº 10/89 de 29 de agosto de 1989 oficializou a criação.
É competência do Arquivo Municipal, localizar, recolher, reunir, recuperar, organizar e preservar documentação pública e particular, em geral, além de livros e outros impressos. O Arquivo conta com a Biblioteca Pública como uma extensão de suas atividades, tornando-se esta responsável pela guarda e conservação de livros, folhetins e outros.
O acervo documental existente no Arquivo Municipal de Rio de Contas encontra-se aberto à pesquisa, visitas e exposições. Aí é possível consultar documentos de 1724 a 2004. Entre estes se encontram: Cartas de alforria, Matrícula de Escravos, Decretos do Império, Sentença Cível de Divórcio Perpétuo, Inventários, Testamentos Processos Crime, etc.
Recebe uma média de 70 visitantes, dentre estes, um percentual de 4% de pesquisadores por mês, incluindo alunos e professores de universidades e outras instituições, curiosos e autoridades diversas.
O ARQUIVO PÚBLICO está localizado na rua Largo do Rosário, Rio de Contas - Ba - CEP- 46.170-000 Telefone : (77) 3475-2165 Ramal 22 email: arquivopublicoderiodecontas@gmail.com