terça-feira, 16 de agosto de 2011

HISTÓRICO DE RIO DE CONTAS- BA


O núcleo populacional de Rio de Contas teve sua origem nos fins do século XVII, quando viajantes de Goiás e do Norte de Minas, em demanda da cidade do Salvador, capital da Província da Bahia, fundaram um pequeno povoado, que tomou o nome de Crioulos – ponto de pouso na exaustiva caminhada.
Esse povoado situava-se no Planalto da Serra das Almas, à margem do Rio das Contas Pequeno, atual Rio Brumado.
Foi então edificada uma pequena capela, em forma octogonal, sob invocação de Senhora Santana.
Logo após, foram descobertos veiões e cascalhos auríferos no leito do Rio das Contas Pequeno, atual Rio Brumado, nos seus afluentes e serras circunvizinhas. Este fato atraiu grande número de garimpeiros, predominando bandeirantes paulistas e mineiros, que subiram o Rio Brumado e, explorando as serranias próximas, fundaram, a três léguas acima, numa altitude de 1.450m, outra povoação –“ Mato Grosso”. Aí os Jesuítas que acompanhavam os bandeirantes, ergueram uma Igreja sob a invocação de Santo Antônio.
Com o desenvolvimento da mineração e o aumento da população, o arraial de Mato Grosso prosperou bastante e, assim, em 1718, foi criada a primeira Freguesia do Alto Sertão Baiano – ou Sertão de Cima – com a denominação de Freguesia de Santo Antônio de Mato Grosso.
No começo do século XVIII, os Jesuítas construíram outra Igreja a 12 km abaixo do povoado de Crioulos, sob a invocação de Nossa Senhora do Livramento.
Alguns anos mais tarde, em 20 de outubro de 1722, quando já vários povoados haviam sido criados pelo interior da Bahia, o Vice-Rei D. Vasco Fernandes Cézar de Menezes, em correspondência a D. João V de Portugal, propôs e argumentou sobre a necessidade de serem criadas duas vilas no interior da Bahia. O Conselho Ultramarino resolveu então, criar as vilas de Santo Antônio de Jacobina e de Nossa Senhora do Livramento das Minas de Rio de Contas, situada esta última onde hoje está a cidade de Livramento de Nossa Senhora.
Contando com a autorização dada pela carta régia de 27 de novembro de 1723, D. Vasco Fernandes encarregou o Cel. Pedro Barbosa Leal de erigir a vila, o que foi feito pelo mesmo em 1724. Sua criação foi aprovada pela Provisão Real datada de 09 de Fevereiro de 1725.
O Coronel Pedro Barbosa Leal não foi feliz na escolha do local onde criou a Vila: à época das cheias e das enchentes alastravam febres consideradas de mau caráter: o “impaludismo”
Pela provisão Régia de 2 de outubro de 1745 foi autorizada a mudança da Vila para o Povoado de Crioulos no Planalto onde hoje se encontra a cidade de Rio de Contas.
A fundação da Nova Vila se deu em 28 de julho de 1746, por ordem do então Vice-Rei D. André de Melo Castro – Conde de Galvêas.
Elevado a vila, o povoado de Crioulos foi denominado Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento e Minas do Rio das Contas.
Transferida a sede da Vila, o Governo da Metrópole determinou a construção dos edifícios da Cadeia Pública e Câmara Municipal, Casa de Fundição, e a instalação do Pelourinho que foi erigido na principal praça da vila e do qual restam a base e o capitel.
A Casa de Fundição funcionou, não se sabendo onde e nem quando. A Cadeia Pública e Câmara Municipal foram construídas no século XVIII, importante edifício localizado na Praça da Matriz.
 Em 1840, o Município teve seu nome simplificado para Minas do Rio das Contas, e mais tarde, em 8 de julho de 1931 passou a chamar-se simplesmente Rio de Contas.
Originariamente, o território do Município abrangia uma vasta extensão territorial, era constituído por 82 municípios, que extremava com Jacobina e o Rio São Francisco; com a criação de novos municípios foi perdendo algumas áreas.
 Os primeiros municípios desmembrados foram: Barra do Rio de Contas (Itacaré) e Vila Nova do Príncipe (Caetité). Em seguida vieram Mucugê, Água Quente (Érico Cardoso) e Boa Jesus do Rio de Contas (Piatã). Por último, em 1921, desmembrou-se Villa Velha, hoje Livramento do Brumado.
A Vila das Minas de Rio de Contas foi, durante parte do século XVIII, um dos núcleos mais importantes de mineração de ouro da província da Bahia, dividindo esse título apenas com o termo de Jacobina, vila mais antiga e primeiro núcleo de mineração.
 O Município era constituído, primitivamente, pelo Distrito Sede. Atualmente, compõem-se de Rio de Contas (Sede), Arapiranga , Marcolino Moura e Mato Grosso.



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